Brincando de carrinho de rolimã
Sinopse:
Bastava ter uma ladeira com asfalto bem lisinho e lá vinha a criançada com seus carrinhos de rolimã de madeiras velhas, muitas delas carcomidas de três ou quatro rodas de rolamentos, a maioria descartadas de automóveis em oficinas mecânicas. Piloto? A garotada, ávida de sentir o vento na cara, quando a cara não batia no chão, sem nenhuma proteção, no final da ladeira que quase sempre terminava em curva. Motor? Aquela tal gravidade que puxava aquelas máquinas furiosas para centro da Terra. Freios? Os pobres tênis Bamba, All Star, quando o garoto tinha mais posses; e quem não tinha nem um nem outro, as Havaianas cumpriam bem este papel.
Assim eram as corridas de antigamente. Nesse livro não há ladeira, a gravidade não puxa os carros, mas sim os pais que são os motores e torcedores ao mesmo tempo. Competição? Não. Saudosismo talvez, de muitos deles que quando eram crianças brincavam na rua e corriam de carrinho de rolimã.